Primeiro foram os mini-games, depois os vídeo-games; ai vieram os computadores, celulares, mp3 e uma infinidade de outros aparelhos. Trouxeram com eles uma nova forma de distração para pessoas de todas as idades, entre elas as crianças. É aí que mora o perigo. Se nos adultos a utilização exagerada desses produtos já causa dezenas prejuízos e uma dependência sem limites, imagine nos mais jovens.

É crescente o numero de crianças enfiadas em lan houses e casa de jogos eletrônicos. Eles poderiam estar fazendo algo que realmente traga para eles algum bem positivo que não seja o vicio ou até mesmo o sedentarismo, pela falta de outras atividades.
Pois bem, falando-se em mudanças comportamentais, a cada ano que passa, é fácil perceber o quanto a juventude tem mudado sua relação com pessoas mais velhas; aquele respeito que existia antes, já não se vê mais nos dias de hoje. Isso pode ser uma das conseqüências dessa “revolução” que vem acontecendo, não a tecnológica, mas as mudanças num âmbito geral.
Uma vez estava no clube em que jogava basquete um garoto de uns 10 anos de idade recusava-se a começar suas atividades físicas, corrida no caso, apenas pelo fato de ter esquecido seu Ypod em casa. Ligava a cada minuto para seu pai trazer logo, pois sem o aparelho não iria sair do lugar. Lembro como se fosse hoje, aquele menino gritando no celular: - Se não trouxer logo eu não vou me levantar!"
Aquilo me deixou muito espantado. Poxa, naquela idade se eu falasse com meu pai daquele jeito no mínimo eu iria tomar uma bela duma bronca e iria ficar de castigo. Mas o que me deixou mais embasbacado ainda foi o pai do menino chegando CORRENDO para entregar o seu Mp3. Aí eu pensei comigo: Pois é, acho que eu estou ficando velho mesmo!
É uma pena ver os nossos irmãos, sobrinhos e primos crescendo sem ter a oportunidade de ser crianças de verdade. Tão jovens e já “escravos” desse mundo onde não tem tempo ao menos de se conhecerem, tamanha é a quantidade de informações e novidades que aparecem todos os dias. Se hoje já esta assim, como será a época dos nossos filhos? Imagine-se chegando do trabalho e seu filho de cinco anos de idade com o lápis e a caneta guardados na bolsa, sentado na frente do computador e conversando no MSN. Desesperador!