quinta-feira, 17 de maio de 2007

As barreiras entre o poder e o querer

Um dia desses, voltando do cursinho, o relógio marcava (mais ou menos) 21h. Andava pelas ruas da Lapa escutando meu tocador de musica portátil, sem nenhuma pressa de chegar em casa, já que era sexta feira. Em um determinado intervalo de tempo, entre uma musica e outra, notei um som que não se ouvia naquela região, parecia fanfarra ou algo parecido com uma orquestra. A priori não identifiquei o exato estilo musical que ouvira, mas mesmo assim procurei donde vinha. Entrei em uma viela e vi um pequeno cômodo com a porta aberta e com a luz acesa.

Conforme aproximava-me do local, a musica e a minha curiosidade iam aumentando de intensidade. Enfim, quando olhei para dentro do casebre, tive uma enorme surpresa! Eram idosos, homens e mulheres, aparentavam mais de 60 anos. À frente, cada um portava um suas mãos, um instrumento de sopro e uma feição encantadora no rosto, como se todos estivessem satisfeitos com o que faziam. Mais ao fundo um senhor tocava bateria, e uma senhora morena, zabumba.

Como havia algumas pessoas assistindo o ensaio, imaginei que poderia acomodar-me junto a elas para assistir também. Foi o que fiz. Sem perceber, passei uma hora e meia apreciando o concerto, encantado, absorvendo cada nota, cada riso feliz daqueles anciãos. Entre todos que ali tocavam, o que mais me chamou atenção foi um homem, mais ou menos 80 anos, que tocava Tuba. O instrumento requeria um fôlego inalcançável, tinha o dobro do seu tamanho, muito pesado, mas mesmo com dificuldade ele fazia seu melhor.

Ao assisti-los tocar, veio em minha mente o seguinte pensamento: Por que reclamamos de tudo? É, parece estranho. Mas, nós jovens, pessoas de meia idade, enfim, sempre reclamamos da vida, sempre criamos barreiras entre o que podemos fazer. Dizemos coisas como: “Não consigo porque não tenho mais idade”, “ Minhas costas estão doendo”, “ Não consigo, não consigo...”. Todas essas “desculpas” vêm à tona antes mesmo de tentarmos. Esse tipo de situação se reflete no nosso cotidiano. Por exemplo, na hora de enfrentarmos uma concorrência, seja de emprego, de vestibular e tantas outras, vem na cabeça primeiro os fatores negativos. Mas se o individuo, antes de qualquer coisa, pensar em vencer os obstáculos, em atingir sua meta, em se superar, ele tem em suas mãos o segredo para o sucesso.

Tomando como exemplo o tocador de Tuba, que mesmo na adversidade conseguia dominar suas carências, vejo o caminho para uma vida melhor, que se baseia na superação e no rompimento de barreiras, que ao passar dos anos a vida nos impõe.
Portanto, se um dia pensares em desistir de seu sonho, lembre-se da seguinte frase: “A estrada vai além do que se vê”.

11 comentários:

Anônimo disse...

salve, salve garoto!Mandando muito bem nos textos!
abraço manin

Unknown disse...

Nao sabia q vc escreve tao bem assim...

pior q é verdade tantas vezes já reclamei por mutivos edeotass...sem pensar nas pessoa q temm realmente motivos pra reclamar e nao reclamam....

se cuida gordo

te adoro

beijos

Anônimo disse...

Parabéns garoto!
Acho que você está escrevendo muito bem, só precisa melhorar ortografia, concordância verbal, acentuação, etc.
Não é brincadeirinha não!
Você sabia que toda palavra proparoxítona é acentuada. Pois então procure corrigí-la no seu texto.
Uma outra coisa é que você usou muitas vírgulas e pontos. Não precisa de tudo isso.
Como curiosidade gostaria de saber se você relatou um acontecimento ou isto é ficção? Independente do que seja, gostei muito mesmo.
Por favor não me interprete mal. Tenha absoluta certeza de que é porque tenho um apreço muito grande pela sua pessoa.Tá?
Um grande beijo e continue escrevendo. Só conseguimos acertar se tentamos. Certo?
Ia me esquecendo: Tem um erro de concordância verbal. Procure.

Kiki disse...

Gostei muito do texto, vc associou de maneira sábia a experiência do cotidiano com algumas inquietações sobre a natureza humana.Observar atentamente o cotidiano é um tipo de meditação, nos permite entender melhor as outras pessoas e a nós mesmos. Parabéns!

Anônimo disse...

E ai Fabrício, é o Andrés, plantonista do cursinho.... Gostei de seu texto, bem escrito e apesar de tratar de um tema não tão incomum, sua abordagem foi bastante interessante, revelando uma aguçada percepção humana nas simples ações do dia-a-dia. Parabéns pela atitude em resgatar as relações composição/leitura de textos interessantes que nos acrescentam algo.

Um abraço e bom estudo...

Anônimo disse...

fala fabrício... curti o blog!!

grande abraço!
pedro

Stephs disse...

Ei, Fabrício, tudo bom?! Aqui é a Stephanie, plantonista de Português do cursinho. Muito bacana seu texto, gostei de verdade. Não quero comentar gramaticalmente, esse trabalho posso fazer lá no plantão. Gostaria de comentar a sensibilidade impressa na sua percepção das coisas, das situações, muito legal isso (além de um tanto quanto raro hoje em dia). E se continuar com esse otimismo, tenho certeza de que passará facilmente no vestibular (pode estar certo de que vou estar torcendo por você). Continue escrevendo, vou voltar a visitar seu blog sempre que puder. Um abração!

Anônimo disse...

Prezado amigo gay

Hehe!
Cara, primeiramente gostaria de cumprimentá-lo por estar escrevendo como nunca escreveu. O que é verdade, porque, no último ano do Ens. Médio, você não imaginava poder tecer um bom texto, bem trabalhado como tem feito.
Não tenho experiência e conhecimento suficiente para criticar vosso texto gramaticalmente, como fez Dona Cacilda, por acaso minha mãe. Porém, há de convir que por ter uma mãe ex professora de português, por influência dela, acredito que minhas opiniões não serão impertinentes. Por exemplo, concordo com o uso excessivo de vírgulas por vossa senhoria em vossa obra. Atenção a isso. Quanto aos erros de concordância, sabes deve corrigir e se atentar a isso.

Agora, seu texto ta style!!! Beem fodaaa!!! Eu sei quem são aqueles tiozinhos que tocam, já parei pra adimirá-los! Eles realmente estão de bem com a vida. Se nota!
A reflexão que foi feita no seu texto foi fudida!... Curti. Falo isso porque já passei por este lugar e tive uma sensação parecida com a descrita no texto. C ta foda, Mantegão!!!

Tenho certeza que das críticas recebidas você usará como base ,para melhorar a cada dia seu trabalho.

FODAAAAAAA BAAGARAAIIII!!!


Isso mano. Continua!


Abraçooo!


Anônimo disse...

Oi,Fabrício!Adorei seu texto.Você escreve bem e de uma forma interessante,agradável de ler.Porém,como uma futura estudante de letras,não consigo ler nada sem prestar atenção a algumas "escorregadinhas"!rsrsr O concerto dos velhinhos fica mais afinado com "C"!hehehe
Sério,adoro estudar português e também tenho muitas dúvidas.Mas se você desejar,podemos trocar dúvidas e acertos quanto a essa nossa língua maravilhosa porém tão traiçoeira com pobres vestibulandos como nós!
Um abraço e nos vemos no cursinho! ; )
Briane (a moça da torta salgada!rsrsrs)

Anônimo disse...

Oiii Fah =))

Gosteeeii do textoo!
Naum foi vc q escreveu neeh??
huaheuaheaua

=PpP


BjoO gordooo

Anônimo disse...

"O Brasil não tem povo, tem público." - Lima Barreto