domingo, 22 de fevereiro de 2009

no toalete público.

Nem estava tão apertado assim, mas fui; com muita preguiça, por sinal. Tem hora que é melhor você segurar um pouquinho e fazer em casa aquele bem gostoso (que te dá as melhores sensações prazerosas) – do que parar a caminhada pra ir ao banheiro público e ter que sentir o cheiro feio de limão com chorume bravamente lapidado por dias=e=dias de mijadas mal lavadas com desinfetante Mauar.

Como ia dizendo, fui até o fétido. Já tinha uma filinha considerável no momento em que cheguei. Dei aquele geral no mictório e tinha uns 5 homens urinando em uma placa de aço inox de uns 5 metros de comprimento; fiz a conta utilizando-me do Teorema de Pitágoras (?) e cheguei à incrível conclusão de que tinha 1 metro pra cada indivíduo, o que ainda não proporciona o mínimo conforto para quem urina. É necessário, pelo menos, 1,5 metro de distância para que o respingo do camarada ao lado não atinja sua calça; mesmo assim tem uns mangueira-de-bombeiro que tem a manha de te molhar inteiro, estes geralmente são os tão falados: negrões.

Em meio a tantos marmanjos, a maioria deles suados e mal-cheirosos por conta do dia duro de trabalho, havia um velhinho que aparentava uns 64 anos nas costas. Ele, desde o momento em que peguei a fila até quando terminei de larvar as mãos (mais ou menos uns 7 minutos), não saiu do mictório. Tudo bem que as vezes não dá pra mijar com um monte de gente por perto, mas ele estava demorando muito, o que me despertou uma intensa curiosidade.


Passei a reparar o velhote. Foi aí que tive a sacada, querido amigo: o tiozinho tava dando um bizu no passarinho da galera. Isso mesmo, era um velhinho bicha e tarado. Eu não acreditei na hora; achei que ele estivesse tendo algum problema, ou sei lá o que. Mas depois passei a acreditar no causo, e o pior, meu caro, achei que ele tivesse fazendo movimentos horizontais repetitivos, mas depois me dei conta de que ele apenas estava dando “uma espiadinha”.

A rapaziada mais esperta também ganhou a cena e tava evitando chegar perto do velho; tava todo mundo indo pra um cantinho mais reservado lá no canto da parede. Os mais desavisados e apertados instalavam-se ao lado dele e nem sequer davam conta de que o mesmo apreciava o seu pênis, o que era muito engraçado pra quem assistia à cena.

Chegou a minha vez; por sorte o cantinho ficou livre bem na hora. Fiz o que tinha que fazer olhando pra quina da parede, é claro, e fui embora. Antes passei pelo velhote e lá estava ele: saciando-se com todos aqueles salames brancos, pretos, mamelucos, cafuzos, caducos e tortos. Imagino que a noite deve ter sido muito divertida e diversa pra ele.

É.
Como tem louco nesse mundo, velho e bicha.