quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Os (quase) Invencíveis


Tenho direcionado algumas de minhas atenções para uma classe de trabalhadores conhecida como: operadores de tele marketing. Famosos por seu gerundismo minuciosamente ensaiado, aqueles do tipo: “Não se preocupe que, em sete dias úteis, algum de nossos atendentes estará entrando em contato com o senhor.” É quase impossível passar uma semana sem falar com um deles, seja para cobrar algum serviço ou por mera infelicidade de atender ao telefone justamente na hora que a criatura procura pela sua pessoa.

Nesse tempo de “análise”, dividi-os em três categorias:
1ª – cobradores: ligam pra você, se possível, todos os dias da semana – inclusive os dias “inúteis” (sábado e domingo) - pra te lembrar que tem alguma conta a acertar com a empresa, porém, não deixam de apresentar as alternativas de pagamento a 50% de juros ao mês; estes pertencem à classe dos sérios e mal humorados.
2ª – propagandistas: ligam quando você mais quer descansar, geralmente depois do almoço, tentando de qualquer jeito fazer com que compre os produtos que você não tem a mínima vontade de adquirir, mostrando-lhe promoções e mais promoções; esses já são muito bem humorados e simpáticos.
3ª – atendentes de reclamações: antes de ter o “privilégio” de falar com algum deles, sempre tem um robô com voz de gente falando pra teclar os números conforme a opção desejada, o que já te deixa “puto da vida”. Depois de dez minutos, algum individuo atende demonstrando uma paciência incalculável, tentando te deixar o mais calmo possível. Mas apesar disso, sempre te enrola e acaba adiando o que você precisa pra ontem; estes dependem do seu humor: se você for chato eles respondem à altura; se for adorável, te tratam como gente importante. Mas isso não é regra.

Um dia desses um me ligou para fazer propaganda de uma nova opção de banda larga. Essa consistia em um desconto por não sei quantos meses e alguns benefícios. Eu não queria de jeito nenhum, mas a pessoa me encheu tanto que eu comecei a pensar na hipótese de aderir à promoção. O infeliz me convenceu, me fez convencer o meu irmão, e no final assinamos o plano. Agora veja como essas criaturas não são perversas: tomam boa parte do nosso tempo, fazem-nos comprar coisas que mal passam pela nossa cabeça, e como se não bastasse, ligam todos os dias para saber a sua resposta. Mesmo sem aprovar o tipo de trabalho deles, este de tentar fazer com que a pessoa mudem de idéia a todo custo (imposto pelos seus patrões), aprecio o poder de argumentação que eles têm, o de conseguir mostrar ao cliente que o produto deles é de fato o melhor. Disso tudo eu cheguei a uma conclusão: eles são quase invencíveis.



obs: não quero que pensem que estou desmerecendo o trabalho alheio. Apenas fiz essas refêrencias como introdução de um fato que aconteceu comigo!

5 comentários:

Anônimo disse...

E ae Fabricio...
Eles ganham pra isso né!? Pelo menos o que te atendeu era competente e te convenceu...
Com esses chatos minha tolerancia é zero! Comigo são principalmente os "propagandistas"; falo educadamente que não quero, se ficar falando um pouco mais sou curto e grosso mesmo...
Mas o fato é: esses trabalhadores são existem porque funciona. Não sei, apesar de ter dado certo com você, com certeza dá certo com muitas outras pessoas! E é isso que os garante empregados. Se ninguém gosta deles a melhor forma de "combate-los" é não dar atenção mesmo.
Não sei se estou sendo um tanto quanto radical, talvez sim, mas que eles são muitos e muito chatos!

Um abraço!

Equipe Finanças & Tributos disse...

o pior de tudo é que o 190 da polícia aderiu ao sistema de menu de teclado! ridículo.

Anônimo disse...

Fala sério em Fabrício!
Quer dizer então que é só insistir um pouco que você cede?
E nem é preciso ser mal educado, basta ter convicção.
Bjs
Cacilda Mendes

Anônimo disse...

Hahaha... isso pra mim pareceu uma cutucada na professora de Gramática!!!

Anônimo disse...

Eae jovem!!!

Bom, realmente eles são personagens controversos, apesar d cumprirem com seu trabalho, o cumprem com métodos contestáveis. Naum sei ao certo se nos tratam mal por falta d educação ou por alguma insatisfação. Não sou contra a profissão, mas seu aparente desinteresse em ajudar a solucionar o problema, seus metodos persuasivos e por vezes intimidativos os tornam odiados por alguns. Acredito q sejam assim pois devem ser intimidados por seus patrões. Se fossem mais tolerantes, atenciosos e e ajudassem mais a resolver os problemas seriam menos odiados.
Falow Jovem Abraço